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História
Sangue, Bile e Fleuma
Para os antigos gregos, as formas pelas quais uma pessoa se comportava eram parte integrante de sua saúde geral. Eles acreditavam que o corpo continha quatro líquidos fundamentais (chamados de humores) baseados nos quatro elementos do fogo, ar, água e terra. Quando um desses humores se tornou dominante sobre os outros, pensava-se que ele afetava o humor e a abordagem geral da pessoa.
Acreditava-se que os quatro humores, sangue, bílis amarela, fleuma e bílis negra eram responsáveis por um tipo diferente de comportamento. Um excesso de sangue tornava a pessoa sangüínea, a bílis amarela resultava em um estilo colérico, a fleuma produzia uma perspectiva fleumática e a bile negra estava associada à melancolia.
Essas teorias, estabelecidas pela primeira vez de maneira sistemática por Hipócrates, permaneceram em uso até a Idade Média. Sabemos agora, é claro, que eles não têm base em fatos médicos, mas o que os gregos conseguiram quase incidentalmente foi o primeiro método sistemático de descrever tipos individuais. Tão bem sucedida foi a sua abordagem que, ainda hoje, as palavras 'humor', 'sanguinolenta', 'fleumática' e 'melancólica' ainda são de uso comum.
Felizmente, o sistema DISC não depende da medição da quantidade de bílis amarela em um candidato para determinar seu estilo comportamental, mas as idéias por trás dele podem, indiretamente, ser rastreadas até as teorias de Hipócrates.
Carl Gustav Jung
Existem muitas teorias modernas de comportamento baseadas na ideia de quatro fatores. Talvez o mais influente deles seja encontrado no trabalho do psicólogo suíço Carl Gustav Jung. Ele definiu o comportamento individual como pertencente a um dos quatro tipos diferentes; Sensível, Intuitivo, Sentimento e Pensamento.
As definições desses tipos estão enraizadas no trabalho de Jung ao longo da vida sobre a mente inconsciente, e não precisam nos preocupar aqui. Eles são importantes porque representam uma das primeiras tentativas sérias de mapear a psique humana por um psicólogo moderno. Ferramentas de avaliação baseadas no trabalho de Jung ainda estão disponíveis hoje.
Foi a opinião de Jung de que as pessoas instintivamente entendem o comportamento em termos de um conjunto de quatro elementos (seus quatro tipos são um exemplo de tal conjunto, e os quatro humores dos gregos sendo outro). Esses grupos de quatro (tecnicamente chamados de tetralogias) fundamentam um grande número de técnicas de avaliação, e o DISC não é exceção.
The Emotions of Normal People (As emoções das pessoas normais)
No início dos anos 20, um psicólogo americano chamado William Moulton Marston desenvolveu uma teoria para explicar as respostas emocionais das pessoas. Até aquele momento, trabalhos desse tipo tinham sido confinados principalmente aos mentalmente doentes ou criminosos, e Marston queria estender essas idéias para cobrir o comportamento de indivíduos comuns.
Para testar suas teorias, Marston precisava de alguma maneira de medir os estilos comportamentais que ele estava tentando descrever. Sua solução foi desenvolver sua própria técnica para medir quatro fatores importantes. Os fatores que ele escolheu foram Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade (em inglês Dominance, Influence, Steadiness and Compliance) do qual a técnica leva seu nome - DISC.
Marston publicou suas descobertas em um livro intitulado The Emotions of Normal People (As Emoções das Pessoas Normais), que incluía uma breve descrição do sistema que ele havia desenvolvido. A partir desses humildes começos, o sistema DISC tornou-se provavelmente a ferramenta de avaliação mais usada no mundo.
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